Aprovamos recentemente um importante projeto industrial voltado para o desenvolvimento sustentável do estado, obtendo assim o apoio financeiro junto ao Banco da Amazônia, através do FNO. O investimento total é superior a R$ 5 milhões.
O projeto prevê a implantação de uma indústria no município de Tomé-Açu que irá atuar no beneficiamento de rejeitos de madeira gerados em grandes quantidades pelas madeireiras ali localizadas, disponibilizando um produto voltado à geração de energia.
Desta forma, busca-se não só a destinação adequada desses resíduos (serragens, cavacos e destopos) como também se cria uma sinergia positiva entre elos da cadeia produtiva, pois, além de resolver um problema das serrarias, também adiciona valor a produção local, incrementando renda e gerando novos empregos, contribuindo dessa forma com o uso não predatório dos recursos naturais.
A empresa em questão chama-se Brazil Pellet e o beneficiamento que será feito pela empresa consiste em processar restos de madeira como serragem e destopos, transformando-os num produto chamado de “balas de serragem secas, homogeneizadas e compactadas”.
Esse é um produto utilizado atualmente por grandes indústrias consumidoras de vapor e para geração de energia através de usinas termoelétricas, principalmente localizadas nos mercados da Comunidade Européia e Norte Americano.
Este fato está diretamente ligado à política de preservação de meio ambiente praticada nessas regiões, onde, por exemplo, há, no caso da Comunidade Européia, uma meta de que até o ano de 2020, 30% de toda energia gerada em suas termoelétricas sejam oriundas de biomassa, chegando a 100% até 2050.
Ademais, aliando a necessidade que a sociedade tem de reduzir os níveis de poluição ambiental, com o aproveitamento de uma atividade empresarial limpa e sustentada, a empresa busca dar um destino adequado para estes resíduos que hoje são praticamente desperdiçados.
A utilização desse processo irá contribuir significativamente para o desenvolvimento sustentável na região e irá fortalecer a imagem do Estado enquanto exemplo na busca de alternativas ao uso de combustíveis fósseis.
Cabe destacar ainda que recentemente o Presidente Lula esteve no município de Tomé-Açú, no dia 6 de maio, para o lançamento do Projeto Norte de Produção Sustentável de Biodiesel da Petrobras a partir do óleo de palma (dendê) e o programa de Produção Sustentável de Óleo de Palma no Brasil, devendo formar o maior pólo industrial de biodiesel do mundo, tornando o Pará referência mundial na produção de Biodiesel.
Dessa forma, a empresa também poderá se transformar no primeiro empreendimento da verticalização dessa cadeia, pois poderá também aproveitar os rejeitos da produção do biodiesel, que são as borras que sobram no final do processo, podendo ser agregadas aos rejeitos de madeira na formação dos seus produtos.
Com isso, além dos benefícios gerados pela exploração de um passivo ambiental já acumulado na região, a implantação da empresa também evitará que “novos” passivos sejam despejados no meio ambiente, gerando soluções tanto na cadeia produtiva da madeira quanto na de biodiesel.
Parabéns aos empreendedores pela percepção da potencialidade da região e visão aguçada de negócios nessa “nova economia” do ambiente. Boa sorte e sucesso !!
Olá Colega. Tb sou economista pela UFPA/1989, realmente o Pará vem apresentando ótimos projetos para o nosso interior ... E agora te pergunto ... e Cametá???!!!. Sei que o Prof Cota está a frente de boas expectativas ...
ResponderExcluirHeloiza Costa
Olá Heloísa,
ResponderExcluirEspero que o município de Cametá possa encontar sua potencialidade econômica ou desenvolver uma cadeia produtiva que seja capaz de atrair novos investimentos, de preferência investimentos sustentáveis como esse que estará se implantando em Tomé-Açu.