Quando era governadora, a companheira Ana Júlia foi incançável na luta para implantar no sudeste do Pará, um pólo econômico a partir da verticalização da sua produção mineral.
A governadora comprou briga feia com o antigo presidente da Vale, Roger Agnelli, convencendo o presidente Lula a intervir nos planos da mineradora para que ela, a Vale, viesse a implantar a ALPA aqui no estado, no município de Marabá.
Uma grande articulação foi feita, envolvendo grandes esforços tanto do governo federal como estadual e como resultado a Vale não só anunciou a implantação como também começou, de fato, a implantá-la.
Contudo, o povo do Pará fez a sua escolha, trocou um governo que se preocupava com o futuro, que tinha visão de longo prazo, por um governo que quer governar a patir de uma agenda mínima, ou seja, com olhos voltados para o passado, o máximo de futuro que vê, são as próximas eleições.
O povo do Pará foi enganado.
Agora, um dos maiores instrumentos de desenvolvimento do estado está correndo riscos de ser deixado para trás. É um grande retrocesso !!
Leiam aí abaixo a mátéria do portal do Hiroshi sobre o assunto.
Alpa pode atrasar ativação em até dois anos
Está corretíssima a informação do colunista João Carlos Rodrigues, do jornal Opinião, edição de sábado, sobre o risco de atraso das obras da Alpa. Ele teve o cuidado de “segurar” detalhes, na certa temendo “queimar” sua fonte, mas a nota procede.
A questão, no entanto, não é apenas atraso das obras, mas o desvio de investimentos para o Ceará, até agora garantidos para aplicação no Distrito Industrial de Marabá.
E o blog adianta algumas nuances, agravadas nos últimos quinze dias por conta da falta de garantias dos governos federal e estadual ao cumprimento de obrigações firmadas na parceria com a Vale, para a implantação do projeto siderúrgico, e que se encontram sobrestadas.
Desvio da Transamazônica A Vale teria recebido sinalização de que o governo federal não deverá investir agora nas obras de desvio da rodovia Transamazônica, à altura do km 8, partindo da ponte sobre o rio Itacaiúnas, sentido município de Itupiranga – traçado exigido para se deslocar da área onde futuramente se projeta o imenso parque siderúrgico.
Sintomaticamente, essa versão começou a circular entre executivos da mineradora dias depois da audiência do novo presidente da Vale, Murilo Ferreira, com a presidente Dilma Roussef.
Os ajustes nas contas públicas seriam responsáveis por esse retrocesso.
Derrocagem do Tocantins Dentro desse mesmo diapasão, as obras de derrocagem do Tocantins, entre Itupiranga e o Lago de Tucuruí.
Consórcio formado pelas empresas Triunfo – Serveng, vencedor da licitação do empreendimento, teria recebido orientação para dar uma parada na movimentação que já vinha realizando em Marabá e região para montagem de seus acampamentos.
Alça Viária Dias atrás, o blog antecipou o que já se fala hoje abertamente: recuo do governo do Estado na parceria com a Vale e governo federal para a implantação da Alça Viária, traçado rodoferroviário saindo do entroncamento das duas rodovias PA-150 (Agora BR-155) e Transamazônica, cruzando os distritos industriais 1 e 2 , até o DI 3, na área das futuras siderúgicas Vale-Aline -, de vital importância para mitigar a Alpa.
A desculpa do governo paraense é a de que a PA-150 não existe mais, não havendo por que investir no projeto.
Essas três pendências, caso não sejam iniciadas o mais rápido possível, deverão atrasar o empreendimento em pelo menos dois anos.
E com a agravante de Marabá perder o projeto Aline.
Projeto Aline Como a Sinobrás não tem musculatura de cash para suportar adiamentos de intervenções da magnitude demonstrada acima, o projeto Aline corre o risco de não ser mais implantado em Marabá. A empresa vem investindo pesado na elaboração do projeto da laminadora, em parceria com a Vale, desembolsando recursos próprios, que não podem ficar plainando sobre a inconstância dos parceiros iniciais da planta Alpa-Aline.
O mais provável, com o andar da carruagem, é a planta Aline ser transferida para o terminal portuário do Pecém, em Fortaleza, onde a Companhia Siderúrgica do Pecém encontra-se a todo vapor em fase de construção.
E, bom lembrar sempre, sem Aline não há Alpa.
A Vale se decidiu pela viabilidade do projeto ao encontrar na Sinobrás o parceiro ideal da Alpa como garantia de venda de sua produção de laminados a quente e frio e galvanizados.
Enquanto os governos federal e estadual fogem do roçada, a Vale mantém todo seu organograma. Ou seja, não cancelou, ainda, nenhuma iniciativa até agora programada.
Só que não sabe quando o projeto Alpa será inagurado. Se um dia for.
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