O que chama atenção é o destaque do jornalista para a proposta defendida pelo ex governador Almir Gabriel, quanto à divisão do Pará em apenas dois e não em três novos estados. Assim, surgiriam os estados do Tapajos e Pará.
Não é absurda a idéia de que o povo do Pará poderá se senbilizar com a causa dos separatistas do Oeste e antipatizar os separatistas do Sul e Sudeste. A verdade é que o poder econômico dos separatistas do Sul/Sudeste do estado sempre deu a esse movimento um tom diferenciado e em certa medida arrogante.
Enquanto no Oeste a justificativa dos separatista é a pobreza e o abandono, nos separatistas do Sul/Sudeste o tom é a riqueza e a exploração. Convenhamos, um discurso bem prepotente.
Os emancipalistas pró Carajás argumentam uma tese de que são explorados economicamente pelo "povo" da capital, que, segundo eles, se apropria dos recursos advindos da exploração de suas riquezas minerais, centralizando as ações do governo apenas na capital do estado.
Vale destacar ainda, em que pese o processo de colonização da região Oeste ter trazido ao Pará vários migrantes do sul do país, ainda assim, a busca pela emancipação da região do Tapajós, de tão antiga, não lhe tira a condição de região amazônida, de um estado que se caracterizaria muito mais com a região Norte do que com a Região Sul.
Portanto começa a se consolidar a perspectiva de um "Plano B", onde os separatistas do Oeste abririam mão de aliança incondicional com os separatistas do Sul/Sudeste, antipatizados, para se aproximarem do eleitorado das regiões Metropolitana e Nordeste.
Não à-toa o jornalista José Simão chamou um de PARA-LAMA e outro de PARA-SITA.
ResponderExcluirAcho que eles só querem fechar com chave de ouro a política da ditadura de "entregação" ou melhor, de "integração" da Amazônia.