Ainda lá no Hiroshi Bogéa On line ...
Eu já repercuti aqui no blog, matéria em que o Hiroshi alertava o risco que corre o projeto da ALPA em Marabá. Agora, novamente trago "à ribalta" nova postagem sobre o tema, onde o Hiroshi narra como teve acesso àquela informação.
Repito, a Governadora Ana Júlia colocou o assunto como prioridade máxima de governo, não mediu esforços para que a ALPA viesse para o Pará, para isso, além da luta junto ao Governo Federal, sempre colocou as ações pertinentes ao governo do estado em primeiro plano, ou seja, o governo cumpria o seu compromisso assumido, não deixando nenhuma dúvidas ao Governo Federal nem à Vale, quanto a importância do projeto para o estado.
Contudo, o governador Jatene não tem o mesmo compromisso e paralizou as ações de contra partida do estado, não tendo moral para "cobrar" nem do Governo Federal nem da empresa o cumprimento do acordo e principalmente dos prazos de implantação da ALPA.
No meu entendimento, isso decorre de uma estratégia bem definida pelo governador Jatene, visto que, ao optar por uma postura falaciosa e sínica de neutralidade em relação à divisão do estado, certamente não fará grandes investimentos na região até que a questão seja definida. Isso porque um dos argumentos dos que defendem contra a divisão é exatamente quanto a quem caberá a dívida gerada pelas ações realizadas nas regiões separatistas.
Esse é o problema da falta de postura do governador, além de confundir a sociedade, põe em risco grandes conquistas do povo paraense.
Abaixo a postagem do Hiroshi.
Os desencontros do projeto Alpa
As informações sobre atraso das obras da Alpa, repercutidas primeiramente pelo João Carlos Rodrigues, do jornal Opinião, e depois descortinadas aqui no blog, fluíram de dentro do próprio meio empresarial, mais precisamente de um documento da Alpa enviado ao governo do Estado, narrando solução de continuidade do projeto, nas razões didaticamente expostas pelo pôster.
O documento terminou indo parar nas mãos de diretores da Federação da Indústria do Estado do Pará que, por sua vez, sinalizou a questão para o presidente do Sindicato do Comércio de Marabá, Paulinho Lopes.
E como o Paulinho não tem papa na língua, reforçado pelo seu perfil constantemente preocupado com tudo que envolve projetos da Vale programados para Marabá, as incontinências narradas às autoridades vazaram.
A preocupação da Alpa com o descumprimento do calendário elaborado juntamente com os governos Federal e Estadual, já vem há algum tempo. E a empresa está coberta de razão.
Enquanto o cronograma de construção da obra vem sendo cumprido à risca, inicialmente com a terraplenagem da área e compras iniciais de alguns equipamentos da siderúrgica -, os parceiros pisam em casca de banana.
O governo federal até suspendeu o inicio da derrocagem do Tocantins, enquanto o Estadual faz o mesmo em relação a outros termos assumidos.
A coletiva do presidente da ACIM (Associação Comercial e Industrial de Marabá) na tentativa de baixar poeira depois da repercussão dos desencontros revelados, pode até ser compreensível, mas seria perfeitamente desnecessária, do ponto de vista de quem sabe o que realmente está ocorrendo nos bastidores.
Todavia, como a função dele, como presidente da entidade, é fazer sacrifícios para aglutinar forças, evitando estouro de manadas, considere-se factível quase tudo o que ele disse.
Ao mesmo tempo, do jeito que o blog contou no post do dia 4 de julho, existem muitos problemas emperrando o andamento do projeto Alpa, e o atraso de sua conclusão será de, no mínimo, um ano, em relação ao que foi estipulado inicialmente – isso se não for necessária a transposição de muros de mais alta escala, durante o percurso.
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