A avaliação do Ganzer é oportunista, equivocada e subserviente – Parte II: A rearticulação da direita.

Ainda sobre a avaliação do Ganzer no jornal O Liberal, fica evidente que a antecipação do debate eleitoral, como estratégia política, joga “as favas” o PT, pois, a quem interessa uma avaliação da derrota petista se não à própria direita.

O que esse pessoal não consegue entender, ou não quer, é que a idéia de encontrar um pretenso “Judas” pode até parecer atraente, mas, no longo prazo não se sustenta. Colocar a culpa da derrota na DS e particularmente no Puty, além de oportunista e equivocada, torna-se subserviente na medida em que corrobora com o ataque articulado entre a direita e a imprensa contra o PT. Neste momento o ataque é focado na DS e suas lideranças, depois será contra qualquer outra figura que venha a defender o projeto de governo do PT.

O que o Ganzer não percebe (?) é que a reeleição da Ana ao governo, iria consolidar o PT como maior partido do estado e o legado desse novo modelo de desenvolvimento praticado pelo governo, certamente poderia estabelecer uma hegemonia petista no estado, tal qual o PT está construindo a nível nacional.

Nacionalmente, esse movimento político só foi percebido agora, por isso a aliança do PIG à ultra direita conservadora produziu uma das campanhas mais sujas já vista no país. Entretanto, aqui no Pará, a lição foi prontamente feita, daí a rearticulação da unidade entre as forças da direita e a imprensa local.

Não perceber esse movimento político contra o PT e partir para a crucificação de uma tendência interna como estratégia de antecipação do debate eleitoral é, no mínimo, burrice. Esfacelar o partido nesse momento é contribuir decisivamente para futuras derrotas.