Num sistema político coerente as lideranças partidárias são compostas pela representação de sua hegemonia, ou seja, não existe as chamadas “figuras públicas” desconexas da majoritariedade dos segmentos que dominam o partido. Assim sendo, o partido passa a exercer poder sobre os seus mandatos políticos naturalmente, sem que seja necessário disputas internas que exponham suas lideranças.
Contudo, no Brasil, o personalismo do seu sistema político partidário cria situações em que as pessoas são mais importantes que os partidos. Temos lideranças fortes em partidos fracos. Com o suprapartidarismo isso acaba tomando ares inconcebíveis onde os partidos deixam ser o fim para serem meio.
Nos partidos ditos de Centro Direita, essa característica se traduz no aparecimento dos chamados “caciques” das oligarquias regionais, geralmente controladas por famílias e com linhas sucessórias bem definidas, onde as disputas internas, quando existem, são normalmente resolvidas por reuniões de cúpula. Já nos partidos de Centro Esquerda, a relação de hegemonia interna é normalmente construída pelos seus mandatos populares, que organizam e coordenam o partido, reforçando portanto a liderança detentora do mandato popular, criando pois, uma relação natural entre o partido e o mandato.
No PT, esses mandatos se articulam por meio das Tendências Internas, refletindo assim a lógica própria e plural de sua organização partidária. Ocorre contudo, que a disputa partidária se reflete no processo eleitoral e vice versa. Com isso, o surgimento de uma nova liderança detentora de mandato popular é sempre vista como uma ameaça ao estado de arte das forças hegemônicas do momento.
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