MP pode pedir a prisão dos integrantes da Comissão de Licitação da Alepa. Continuidade das fraudes seria um “desafio” às instituições e um perigo para a administração pública, diz Nelson Medrado
O Ministério Público Estadual poderá pedir a prisão dos integrantes da Comissão de Licitação da Assembléia Legislativa do Pará.
Motivo: as denúncias da deputada Simone Morgado, 1 secretária da Mesa Diretora, de que as fraudes continuam.
Foi isso o que disse há pouco ao blog o promotor de Justiça Nelson Medrado.
Medrado disse que ainda não conversou com o também promotor Arnaldo Azevedo, que atua junto com ele na investigação dos esquemas fraudulentos no Legislativo. Mas acredita que o MP tem de dar uma resposta à altura ao que parece ser “um desafio” dos participantes dessas armações.
“O que a deputada (Simone Morgado) está dizendo tem grande relevância. E, se as fraudes continuam, isso é um desafio ao Ministério Público e a gente vai ter de responder. Porque é como se eles dissessem: ‘não adianta vocês fazerem nada”, observou o promotor.
E acrescentou: “Veja bem: os órgãos todos, TCE, MP estão na Alepa fiscalizando. Então, se eles continuam fazendo isso (as fraudes) a situação é mais grave, porque demonstra que eles não respeitam as instituições, que já estão cientes das coisas que eram feitas lá dentro”.
Medrado acredita que tamanha ousadia e o perigo que a continuidade das fraudes representa para o erário exigem do MP “medidas mais graves”.
E uma dessas medidas pode ser justamente o pedido de prisão dos integrantes da Comissão de Licitação da Alepa.
“Vamos reunir, eu e o Arnaldo, e vamos analisar isso”, disse Medrado.
Ele contou que estava levantando a situação dos convênios celebrados pela Alepa, quando foi surpreendido pelas denúncias de Simone Morgado.
“Graças a Deus o controle interno da Alepa funcionou e a deputada barrou esses pagamentos” – comentou - “Mas se as fraudes continuam e nos mesmos modelos que já detectamos, então isso é um repto ao MP e um perigo para a administração pública, porque isso indica que não foi desarticulada a quadrilha que existia lá dentro”.
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