Inflação: Tombini
desmoraliza Urubóloga
- Publicado em 28/02/2012
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Depois dizem que o Conversa Afiada persegue a Urubóloga.
Na verdade, como se vê no post do Fernando Brito, ela é quem se persegue a si mesma !
Saiu no Tijolaço:
Na verdade, como se vê no post do Fernando Brito, ela é quem se persegue a si mesma !
Saiu no Tijolaço:
Análise econômica ou mau-agouro?
“Houve pressões explícitas, e o Banco Central cedeu. Tentou convencer que a decisão (de baixar os juros) foi tomada de forma técnica. Não convenceu. A deterioração do quadro externo justificaria manter os juros para esperar para ver. Até porque, mesmo reduzindo o ritmo de crescimento do mundo, a inflação não está cedendo.”
O comentário aí, da simpática Miriam Leitão, tem apenas seis meses.
É só olhar o gráfico aí de cima e se verá que não somente a inflação cedeu como, naquele início de setembro, logo após a decisão do BC de começar a reduzir os juros, já vinha cedendo.
Hoje, se algum exagero houve, certamente não foi o de baixar os juros, mas o ter exagerado na alta que vinha desde o final de 2010.
A inflação acumulada no primeiro bimestre do ano (0,19%) – 0,25% em janeiro e – 0,06% em fevereiro – só perde, em toda a história brasileira, para a de janeiro/fevereiro de 2009, quando o Brasil vivia a ressaca da crise do final de 2008 e nossa economia, ao contrário de agora, encolhia.
As previsões de estagnação feitas para a economia brasileira este ano têm o mesmo valor que tinham as de explosão inflacionária naquele momento de 2011. Podem ser mau-agouro, análise da economia é que não são.
Mas essa gente continua pontificando, proferindo suas verdades como se não tivessem de dar conta de seus erros crassos em fazer previsões.
Hoje, em seu comentário na CBN, a mesma analista fecha seu texto com a seguinte observação:
“Será que o BC aceitará mais inflação? Isso vai bater mais no nosso bolso? É isso que nos interessa. O BC, hoje, parece mais tolerante. O IPCA em 12 meses está caindo, o que é bom. Não podemos nos preocupar com a inflação, porque esse desafio foi vencido. Temos de enfrentar os demais que existem em outras áreas.”
Nesta terça-feira, num depoimento no Senado, Tombini previu que o PIB vá subir e a inflação vá cair.
Vai ficar mais perto do centro da meta de 4,5%.
Os “analistas” da GloboNews e das empresas de consultoria que trabalham para bancos estão “céticos”.
Mas, a Bolsa subiu, com eles ou sem eles !
Enquanto isso, no Valor, Delfim Netto prevê que a economia cresça este ano entre 4% e 4,5%:
Nos últimos dois meses, três mudanças foram importantes:
1ª) com relação ao misterioso “produto potencial” parece que agora o “mercado” aceita que ele anda às voltas de 4,5%;
2ª) o Banco Central quis saber do sistema financeiro como ele calcula a taxa de juros “neutra”;
e 3ª) houve uma melhora dos humores do setor privado em matéria de confiança no governo. Isso, somado aos sinais positivos do IBC-Br de novembro e dezembro mostra que, se tivermos disposição de fazê-lo, um crescimento de 4% a 4,5% em 2012 não está fora do radar, mesmo porque ele é bissexto !
Paulo Henrique Amorim
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