Essa história da implantação do BRT de Belém já tá virando uma ‘guerra de propaganda’ entre a prefeitura e o estado, com os dois entes públicos brigando pela execução de uma única obra na cidade, como se Belém ou o Pará não tivessem outras necessidades.
Normalmente a briga entre entes públicos é para passar a obra à diante, e não para ficar com ela como está acontecendo agora. O detalhe é que ambos, prefeitura e governo, estão prevendo recursos de terceiros para a obra, ou seja, representa endividamento para o ente que assumi-la.
Então porque essa disputa e não um acordo? Aí tem.
Tanto o prefeito quanto o governador sabem que obras como essa não se tem todo dia. Na licitação feita pela prefeitura de Belém o investimento inicial monta em R$ 430 milhões, com recursos que serão financiados pelo BNDES. Já para o governo a obra sairá por R$ 480 milhões, sendo R$ 320 milhões financiados pela Jaica e o restante com recursos próprios. Portanto, é licitação pra ninguém botar defeito. Só o filé !!
Do ponto de vista da prefeitura, que sentido faz assumir uma obra já prevista para ser executada pelo governo? seria melhor aplicar esse volume de recurso em outra atividade que a cidade necessite. Por outro lado, essa obra é muito importante para a cidade e como o governo Lorota paralisou o programa Ação Metrópole, o salafrário prefeito uniu o útil ao agradável.
O pilantra do Duciomar, para permitir que o governo Ana Júlia implementasse a primeira etapa do Ação Metrópole em Belém, negociou uma contra partida em asfalto, como se a intervenção do governo fosse maléfica à cidade.
O Lorota, ao assumir o governo, mandou paralisar o Ação Metrópole, como fez com o terminal hidroviário, pura mesquinharia de político, provavelmente para diminuir a percepção da sociedade dessas obras com relação ao governo Ana Julia. Mas o Lorota não contava com perspicácia do prefeito, que conseguiu emplacar uma obra dessa magnitude sem projeto, sem nada, aprovando o empréstimo na Câmara e fazendo uma licitação suspeita em menos de dois meses.
Hoje nos jornais, o governou anunciou um possível acordo para o imbróglio, a prefeitura executava a sua obra na rodovia Augusto Montenegro, enquanto o governo assumia a avenida Almirante Barroso. Agora a pergunta que fica é a seguinte: se ninguém conhece os projetos, nem da prefeitura, nem a suposta alteração promovida pelo Lorota, como saberemos se os custos serão reduzidos exatamente nas mesmas proporções que deveriam ser?
Nenhum comentário:
Postar um comentário